Esse show já faz mó tempo que assisti, mas não posso deixar de falar dele.
Há quase 2 anos eu não ia num show de rock internacional, que saudade.
É tão bom pegar a fila e ficar esperando lá uma eternidade pra entrar.
Camisas pretas em volta, bandanas e jaquetas, além daquelas do Nazareth, ainda encontrava: Kiss, Creedance, Led Zeppelin, Ozzy, Black Sabbath e todas as outras que tem em todos os shows, então vamos pras novidades.
Um verdadeiro encontro de roqueiros na fila, pra prestigiar... Pera, isso também é de praxe em shows de rock. Aliás, em shows de rock, espera-se que vão apenas roqueiros.
Tentar de novo.
Casais de pessoas mais velhas compareceram aos montes... Certo, todo show de bandas antigas são cheios de “velhões”. Clichê também. Pensando melhor no assunto, num futuro não muito distante, ainda terão “velhões” assistindo shows de rock? Todas as bandas estão acabando, se aposentando. Dá medo. Não existem mais bandas de rock novas. Falo de bandas de rock mesmo, não esse monte de coisas como Fresno, e nem sei mais os nomes de outras coisas que estão rolando. Claro que tem umas (pouquíssimas) exceções, portanto, (não) posso generalizar.
Desisti de pensar uma forma diferente de começar, então não vou começar coisa alguma. Esquece lá fora, eu já entrei, não me atrasei, deu tudo certo, nem irmãs Siamesas conseguiriam me atrasar pra esse show.
To lá na frente do palco, bem na frente mesmo, tem só um cara (leia: Armário) na minha frente.
Espera.
Espera.
Espera...
Chegou a horaaaaaa
Olha eles entrando: Lee Agnew na batera, no baixo Pete Agnew (o paizão), Jimmy Murrison na guita e finalmente nos vocaaais: Erasmo Carlos. Hã?! Opa, não, não. É o Dan McCafferty, devem ser irmãos.
O show ficou devendo, foi bem franco, mas deixando a criticidade de lado, vamos pro meu lado roqueiro que tava precisando ouvir barulho de guitarra...
Guitarra é o que eu não pude reclamar. Eu tava muito na frente, então ouvia o som do próprio cubo dele berrando na minha frente, duas vezes mais alto que todos os instrumentos.
Isso é o que estava ruim lá na frente, o som não estava equalizado, fiquei em dúvida se as pessoas lá atrás estavam ouvindo bem, pois pra mim parecia que eles estavam tocando muito mal.
Pergunto, era o som lá da frente? Alguém que viu lá de trás pode me dizer? Eles tocaram mal mesmo?
Parecia que eles estavam sempre fora.
Eu cheguei até a sentir tonturas quando pulei, porque não se encaixava. Achei muito estranho.
Dane-se mais uma vez essa parte...
Caraca! Eles tocaram até Dream On e todos os sucessos mela cueca. Só não conhecia duas músicas do repertório que deveriam ser do último trabalho.
Ver o Dan, lutando pra cantar, dava pena, mas também foi muito legal ver ele, se estrebuchando pra fazer o show. Prova que o Rock And Roll quebra toda e qualquer fronteira de idade.
Dan não alcança muitas notas, mas ele aceita isso e brinca com o público que já não tem mais idade. Faz sinal que sua voz não vai mais, deixando algumas frases em branco, mas que a plateia preenchia: “...A son of bitch”.
Brincou também antes de começar Bad, Bad Boy: “Sex... I like it... When I was Young. I don’t remember, only that I liked.” (não nessas palavras, mas no mesmo sentido).
Meu favorito da noite foi o paizão. simpatia sem igual, ele com o Dan, são os únicos remanescentes da banda original.
Enfim, valeu muito os R$ 40,00 investidos, até saí de lá com vontade de comprar uma bicicleta branca e sair com ela voando essa noite por aí.
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